Salsa
A escuridão domina a sala ampla e vazia no seu centro. Nem uma luz, uma simples luz paira sobre o soalho de madeira, que em perfeito estado recebe quem o pisa. Em segundos angustiantes, o silêncio quebra com profundidade as dezenas de olhos que à volta se concentram numa luta pelo melhor lugar. Finalmente, ao fundo, o choro de um violino começa a dar cor à noite e uma pequena luz realça as formas de dois corpos admiravelmente encaixados. A acompanhar a lágrima do violino a mão do bailarino desce pelo rosto escondido da companheira, acariciando toda a sua face e percorrendo o seu pescoço, num gesto de ternura e sensualidade. Aos poucos os tons vão ganhando corpo e o que começou por ser um choro triste e tímido de um violino torna-se agora numa melodia ainda lenta de uma orquestra completa.
A cintura feminina começa então a moldar-se na música balanceando o seu corpo ao sabor do ritmo marcado pela percussão. O homem indiferente a tudo isso, mantinha a sua pose firme, cedendo apenas nas investidas da sua mão pelo corpo da companheira. De repente uma batida mais forte foi marcada pelo acender das luzes que cobriram toda a sala quase ferindo quem de perto assistia. Os pés bateram no soalho e as mãos alinharam-se numa perfeita harmonia. De olhos nos olhos, num jogo de sedução intenso, partiram à conquista da pista num ritmo arrebatado e electrizante. A medida que as voltas iam sendo desenhadas o vestido, completamente decotado nas costas e demasiado provocador, fazia sonhar os homens que embevecidos contemplavam. Piruetas, voltas, saltos, tudo fazia parte da coreografia, perfeitamente ensaiada e levada a cabo com a emoção de quem sente paixão. Um salto mais arriscado, levou-a a colocar os joelhos nos seus ombros lançando-se para trás e desprendendo o seu bonito cabelo em direcção ao solo. A assistência prendeu por segundos a respiração numa ansiedade descontrolada acompanhando a magia daquela dança.
Indiferentes a tudo, o casal seduzia-se, tocando-se e acariciando-se a cada volta mais chegada, sempre comandadas pela firmeza das mãos masculinas que de forma gentil mas firme assentavam na base das costas da companheira. A música acelerou num refrão e numa tripla pirueta ela saiu disparada em direcção a uma das mesas de onde tirou um cubo de gelo de um dos baldes do champanhe. Olhou-o nos olhos e sem parar de o seduzir com a cintura trincou o gelo deixando-o em seguida escorrer pelo generoso decote. Com passos soltos e coordenados ele avançou para ela desafiando-a com o olhar e provocando-a com o peito. As suas cinturas roçavam-se agora em movimentos coordenados, numa espiral de emoção que transpirava de dentro dos seus corpos e prolongava-se por toda a sala. Os instrumentos de sopro ficavam mais agudos e a voz do cantor anunciava o fim e num ultimo passo ele passou-a por baixo do braço, segurou-lhe na cintura e colocando a sua perna em volta do seu corpo deixo-a deslizar sobre ele. A música parou, os corpos sossegaram e durante dois segundos apenas o barulho do ar se conseguia ouvir na sala, até que irrompeu um estrondoso som de palmas que de forma sentida explodiram de todas aquelas mãos. Suados e de sorriso aberto ambos agradeceram e trocando um beijo de carinho abandonaram a pista deixando um toque de classe, paixão e sedução. A música continuou e a pista foi de novo invadida, desta vez por todos que continuaram a festa até de madrugada.
A cintura feminina começa então a moldar-se na música balanceando o seu corpo ao sabor do ritmo marcado pela percussão. O homem indiferente a tudo isso, mantinha a sua pose firme, cedendo apenas nas investidas da sua mão pelo corpo da companheira. De repente uma batida mais forte foi marcada pelo acender das luzes que cobriram toda a sala quase ferindo quem de perto assistia. Os pés bateram no soalho e as mãos alinharam-se numa perfeita harmonia. De olhos nos olhos, num jogo de sedução intenso, partiram à conquista da pista num ritmo arrebatado e electrizante. A medida que as voltas iam sendo desenhadas o vestido, completamente decotado nas costas e demasiado provocador, fazia sonhar os homens que embevecidos contemplavam. Piruetas, voltas, saltos, tudo fazia parte da coreografia, perfeitamente ensaiada e levada a cabo com a emoção de quem sente paixão. Um salto mais arriscado, levou-a a colocar os joelhos nos seus ombros lançando-se para trás e desprendendo o seu bonito cabelo em direcção ao solo. A assistência prendeu por segundos a respiração numa ansiedade descontrolada acompanhando a magia daquela dança.
Indiferentes a tudo, o casal seduzia-se, tocando-se e acariciando-se a cada volta mais chegada, sempre comandadas pela firmeza das mãos masculinas que de forma gentil mas firme assentavam na base das costas da companheira. A música acelerou num refrão e numa tripla pirueta ela saiu disparada em direcção a uma das mesas de onde tirou um cubo de gelo de um dos baldes do champanhe. Olhou-o nos olhos e sem parar de o seduzir com a cintura trincou o gelo deixando-o em seguida escorrer pelo generoso decote. Com passos soltos e coordenados ele avançou para ela desafiando-a com o olhar e provocando-a com o peito. As suas cinturas roçavam-se agora em movimentos coordenados, numa espiral de emoção que transpirava de dentro dos seus corpos e prolongava-se por toda a sala. Os instrumentos de sopro ficavam mais agudos e a voz do cantor anunciava o fim e num ultimo passo ele passou-a por baixo do braço, segurou-lhe na cintura e colocando a sua perna em volta do seu corpo deixo-a deslizar sobre ele. A música parou, os corpos sossegaram e durante dois segundos apenas o barulho do ar se conseguia ouvir na sala, até que irrompeu um estrondoso som de palmas que de forma sentida explodiram de todas aquelas mãos. Suados e de sorriso aberto ambos agradeceram e trocando um beijo de carinho abandonaram a pista deixando um toque de classe, paixão e sedução. A música continuou e a pista foi de novo invadida, desta vez por todos que continuaram a festa até de madrugada.