Uma manha de sexta feira
Durante dias não houve inspiração, parecia que as mãos queimavam no teclado e faziam ricochete limpando qualquer ideia que a minha cabeça pudesse ter. Sentei-me várias vezes à frente do ecrã e nada, nem uma linha, nem duas frases, rigorosamente nada. A cabeça estava cheia com preocupações, trabalho e afins mas confesso que a cada dia que passava cada vez sentia mais a falta das letras. Depois de uma noite quase em claro cheguei bem cedo ao computador, sentei-me tirei o casaco e de olhos abertos sobre o branco da página pousei de forma suave as mãos sobre a mesa. Os dedos ansiavam por algo, por alguma coisa que fosse comandada e que se reflectisse no processador de texto.
Passados poucos minutos a alegria de escrever invadiu-me outra vez, não sei se pela escuridão que se pôs à minha volta, se por outro qualquer motivo, o que é certo é que é que voltei a por as mãos nas minhas teclas. Depois de algumas linhas apagadas e de alguns temas riscados das minhas opções matinais decidi ir tomar o primeiro café do dia. Ainda mal passa das 8h30 mas a minha cabeça já precisa e o dia advinha-se longo e difícil. Para hoje algumas reuniões, um almoço de trabalho, um jantar e ainda tenho de tratar de alguns assuntos, além claro da rotina do dia-a-dia. Olhando para a minha agenda apeteceu-me de repente fugir para a praia ou para qualquer lugar longínquo onde pudesse dormir apenas com a minha imaginação.
Ao fim de quinze minutos, um café e um copo de água eis que surge o primeiro telefonema, do outro lado uma voz ainda meio adormecida lançou a pergunta da praxe “Já está em Lisboa? Continua vivo?” confesso não compreender este fascínio mórbido pela minha sobrevivência mas enfim. O telefonema, para não variar era sobre trabalho, alguém não sei aonde, fez não sei o que, o que implica não sei que mais, para não variar nada de interessante ou mundialmente relevante mas enfim tudo conta. Confesso que o café me dá sempre fome e hoje não era excepção e as saudades de um pequeno-almoço com bolos começou a pesar nas minhas decisões matinais. Por fim, e ao fim de uma leitura rápida das noticias da noite, lá me decidi, vesti o casaco, ajeitei a gravata e saí em direcção aquele café onde o dono já sabe o que vou comer mesmo antes de eu abrir a boca. E assim começa um dia que se advinha longo, difícil e acima de tudo massacrante emocionalmente.
Passados poucos minutos a alegria de escrever invadiu-me outra vez, não sei se pela escuridão que se pôs à minha volta, se por outro qualquer motivo, o que é certo é que é que voltei a por as mãos nas minhas teclas. Depois de algumas linhas apagadas e de alguns temas riscados das minhas opções matinais decidi ir tomar o primeiro café do dia. Ainda mal passa das 8h30 mas a minha cabeça já precisa e o dia advinha-se longo e difícil. Para hoje algumas reuniões, um almoço de trabalho, um jantar e ainda tenho de tratar de alguns assuntos, além claro da rotina do dia-a-dia. Olhando para a minha agenda apeteceu-me de repente fugir para a praia ou para qualquer lugar longínquo onde pudesse dormir apenas com a minha imaginação.
Ao fim de quinze minutos, um café e um copo de água eis que surge o primeiro telefonema, do outro lado uma voz ainda meio adormecida lançou a pergunta da praxe “Já está em Lisboa? Continua vivo?” confesso não compreender este fascínio mórbido pela minha sobrevivência mas enfim. O telefonema, para não variar era sobre trabalho, alguém não sei aonde, fez não sei o que, o que implica não sei que mais, para não variar nada de interessante ou mundialmente relevante mas enfim tudo conta. Confesso que o café me dá sempre fome e hoje não era excepção e as saudades de um pequeno-almoço com bolos começou a pesar nas minhas decisões matinais. Por fim, e ao fim de uma leitura rápida das noticias da noite, lá me decidi, vesti o casaco, ajeitei a gravata e saí em direcção aquele café onde o dono já sabe o que vou comer mesmo antes de eu abrir a boca. E assim começa um dia que se advinha longo, difícil e acima de tudo massacrante emocionalmente.