Wednesday, June 28, 2006

Se eu fosse mulher por uma noite

Beijou-me. O beijo dele é intenso, molhado e terno, de um quente ardente, que queima ao de leve apenas com um pequeno toque. De olhos fechados mordiscou-me o lábio e segurou-me a mão com a certeza de quem comanda. Firme e decidido passou-me as mãos pelo cabelo e sussurou-me ao ouvido a alcunha que me tinha posto no nosso primeiro encontro. Estava nervosa, a alma tremia-me e milhares de pensamentos invadiam a minha cabeça. Estava prestes a dar-me pela primeira vez aquele pedaço de pecado sem fim e as pernas tremiam-me.
Desejava-o mas não queria que isso se visse nos meus olhos. Gentil e cavalheiro avançou para mim, desnudando o meu peito enquanto me tirava do sério com pequenos beijos secos na base do meu pescoço. Nunca gostei que me molhassem o pescoço e a maioria dos homens achava que isso eram as formalidades necessárias para excitar uma mulher. Este sabia-o na exacta medida e colocou-me em fogo quando quase sem se notar brindou as minhas coxas com um suave toque dos seus dedos. Tinha mãos suaves, quase de menino, mas determinadas e carinhosas com a segurança de um homem maduro. Peito com peito senti arrepios ao sentir os seus poucos pelos roçarem os meus mamilos já endurecidos de prazer. Molhou-me o umbigo com um pouco de champagne e com uma uva gelada passeou pelo meu ventre encolhido de emoção. Desejava-o cada vez mais mas ele não avançava para a saia como se quisesse que eu o pedisse, e ai como eu o queria. Num gesto calmo deixou cair as calças da cintura e destapou umas boxers justas, pretas e que deixavam advinhar à minha imaginação o desenho do seu eu. Beijei-o loucamente, com uma força de paixão e como se as nossas linguas fossem unas no desejo carnal que nos unia. Sem me preocupar levei a sua mão até ao fecho da minha saia e pedi-lhe com os olhos que me a tirasse. Em silêncio ele o fez e numa cama cheia de tentações fez-me dele pela primeira vez. Eu estava insaciável, louca de prazer e desejo e ansiosa por me sentir mulher. Ele gingava o seu corpo suado para meu deleite e com pequenos gemidos, não exagerados marcava o compasso. Inundamos o quarto e transbordamos para a casa sem pudor ou medos. Incendiamos tudo por onde passamos e ao ver a nossa imagem no espelho da sua sala apertei as pernas para o sentir melhor. Cansados caimos já de manha numa cama exausta e cumplice. Pegou-me na mão e beijou-me a fonte terna e apaixonadamente. Respondi-lhe com um beijo sincero e bem agarrada a ele deixei-me dormir.

2 Comments:

Blogger Marta Vinhais said...

Uma beleza de texto! Simples, suave e cheio de ternura.
Aliás, como sempre!
Gostei muito e obrigada também pelo comentário carinhoso que deixaste no meu blog.
Volta sempre.
Beijos e abraços
Marta

11:44  
Anonymous Anonymous said...

Tive a sorte de ser brindada uma vez com esses "pequenos beijos secos", são tão suaves como excitantes.
Realmente uma maravilha!
Tens muita sensibilidade para o sentir feminino. Parabéns!

12:55  

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